

Angella Conte é uma artista que coleciona coisas. Coleciona primeiro com o olhar: um olhar afetuoso sobre os objetos ao seu redor; sobre a cidade e seus respiros, seus entulhos; sobre as pessoas que deixam marcas nos objetos e nas cidades. A artista coleciona, então, na prática: junta coisas, recolhe coisas, fotografa e fotografa e fotografa. Tudo o que reúne ganha, em algum momento, novo status, quando ela devolve ao mundo um apanhado de coisas antes sem importância prenhes de novas significações.
"Ainda é possível buscar refúgio nas imagens? Podemos pedir algo às imagens eletrônicas e digitais? Elas podem nos fazer fabular e, através da fabulação, deixar emergir traços de uma subjetividade singular, irredutível, próxima ao incomunicável? "
Parágrafo retirado de um artigo disponível em pdf escrito por André Brasil.